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O T O R R I N O L A R I N G O L O G I A

Bhte, 19 de agosto de 2023

Dor de ouvido: reclamações aumentam durante o inverno

Infecções e inflamações na região do ouvido, conhecidas como otites médias, frequentemente resultam de doenças respiratórias

Com pouco mais de um mês de inverno pela frente e com dias amenos alternando-se com outros bastante fechados em curtos intervalos de tempo, a saúde exige atenção redobrada. As temperaturas mais baixas e os ambientes menos ventilados permitem uma circulação mais fácil de vírus e bactérias, seja dentro de casas, escolas, locais de trabalho, shoppings ou transportes públicos. Esse  cenário cria condições ideais para a propagação de doenças, especialmente as respiratórias. É por essa razão que, em comparação com as estações mais quentes, é mais comum vermos quadros de gripe e resfriado no inverno.
 
A partir daí, há um efeito dominó de complicações trazidas por essas doenças, como as dores de ouvido causadas por infecções e inflamações, que também tendem a aumentar. Muitas dessas otites médias, como são chamadas, resultam de quadros de doenças respiratórias. Portanto, identificar o momento apropriado para buscar atendimento especializado é essencial. “Temos que levar em consideração um conjunto de fatores para fazer essa avaliação. Um paciente que tem histórico recente de infecção das vias aéreas superiores, muitas vezes gripe ou resfriado, pode evoluir para dor de ouvido, progredindo para sintomas como dificuldade de audição e, ocasionalmente, febre, náuseas e vômito. Ou até mesmo uma criança muito pequena que não expressa a dor propriamente dita, podendo ficar irritada, ter dificuldades para dormir e, associado a isso, frequentemente ter febre”, exemplifica o otorrinolaringologista dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Henrique Furlan.
 
Como tratar
O tratamento para casos de otite média varia dependendo da gravidade do quadro. Na maior parte dos casos, o organismo reage de forma positiva e apenas o uso de anti-inflamatórios é necessário. No entanto, em algumas situações, podem ocorrer complicações, necessitando de um tratamento mais específico. “Principalmente em crianças, é comum observar sinais de infecção mais extensa, causando, inclusive, complicações na região da orelha. Em casos mais graves, o  sistema nervoso central é afetado, podendo levar ao desenvolvimento de meningite ou de abscesso intracraniano, que é um processo inflamatório no cérebro”, observa Furlan.

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Otorrinolaringologia

Julho 3, 2017

Você ronca ou não consegue dormir por causa do ronco do seu parceiro?

Saiba mais sobre as causas e tratamentos disponíveis

 

Por que algumas pessoas roncam mais do que outras? Quais as causas do ronco? Pode ser perigoso à saúde? O ronco ocorre toda vez que o ar que respiramos passa em turbilhão pelas vias respiratórias encontrando uma barreira ou obstáculo em sua passagem.

O ronco pode acontecer em qualquer faixa etária, porém, é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. O problema atinge 25% dos adultos jovens. Este percentual sobe para 50% em homens acima dos 60 anos. A grande maioria dos parceiros se incomoda, tanto que, na maioria das vezes, o diagnóstico é feito pelo parceiro e não pelo paciente. 

Alguns motivos podem levar a pessoa a roncar, segundo a especialista Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Entre eles estão o excesso de tecido na garganta, obesidade, abuso de álcool, uso de determinados medicamentos, desvio de septo nasal (o septo nasal é uma parede constituída por osso e cartilagem, que separa a narina direita da esquerda, tem cerca de 8 cm de comprimento, atravessa o centro da face indo da ponta do nariz até a altura das orelhas), hipertrofia de cornetos nasais (estruturas esponjosas que crescem e retraem dentro do nariz, importantes no aquecimento e na umidificação do ar que respiramos), adenóide (tecido de aspecto amoriforme que cresce no fundo do nariz, na sua transição com a garganta), amígdalas volumosas (estruturas que se localizam a cada lado da língua e que também possuem aspecto amoriforme), língua volumosa, palato mole rebaixado (tecido muscular mucoso que fica no fundo da garganta logo acima da língua), úvula longa (tecido em forma de campainha ou penduricalho que existe no fundo da garganta), retroposicionamento da língua (língua posicionada muito ao fundo da garganta), micrognatia (mandíbula pequena), genética (distúrbios na formação do colágeno por exemplo) e flacidez (falta de tônus e rigidez no tecido).

O ronco primário (isolado, sem outros sintomas associados) não é considerado doença e sim uma questão estética, já que acaba incomodando pessoas em nossa volta. Porém, se o ronco estiver associado à apnéia do sono (pausas respiratórias durante o sono) pode trazer malefícios, já que impacta no funcionamento de órgãos e tecidos de todo o corpo, reduz a oxigenação destes durante o sono, além de interferir nas fases e ciclos do sono. Os malefícios incluem sonolência diurna, cefaleia, déficits de atenção e memória, irritabilidade, sobrecarga ao coração, derrame cerebral, aumento do risco de morte, entre outros”, explica Dra. Jeanne.

Tratamento – É preciso descobrir a causa do ronco e corrigi-la. Nos casos de obesidade e sobrepeso, por exemplo, o tratamento é feito a partir do controle de peso. “Se a causa for um determinado medicamento que a pessoa estiver usando, suspende-se o medicamento, é claro, se isto for possível. E assim por diante. Existem ainda inúmeros tratamentos disponíveis para o ronco, incluindo aparelho intraoral, procedimentos cirúrgicos, e no caso de ronco com apneia associada, a depender do caso, CPAP (aparelho que proporciona pressão positiva nas vias aéreas durante o sono)”, conta a especialista.

Perfil Dra. Jeanne Oiticica

Médica otorrinolaringologista, formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP.

 

 

 

 
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